Com a confirmação do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), as exportações de carne bovina brasileiras estarão suspensas temporariamente para a China a partir desta quinta-feira (23). O Brasil está seguindo o protocolo sanitário estabelecido no acordo comercial com a China e a retomada dos embarques é indeterminada e definida apenas pelo país asiático. A agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) informou, por nota na tarde desta quarta-feira (22), que o caso foi detectado em um animal macho com aproximadamente 9 anos em uma pequena propriedade no municipio de Marabá, no Sudeste do estado. O Ministério da Agricultura e Pecúaria reportou que monitora a situação. Foi enviado um comunicado à Organização Mundial da Saúde Animal (OMAS) e as amostras coletadas foram enviadas para um laboratório de referência no Canadá.
Em entrevista nesta quarta-feira, o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou que o Brasil deixa de exportar a carne bovina de forma voluntária quando é notificado um caso. “A duração do embargo depende exclusivamente da decisão chinesa, sejam casos típicos, sejam casos atípicos da doença. No último caso que ocorreu em setembro de 2021, o embargo durou em torno de 100 dias e que acabou prejudicando as programações das indústrias frigoríficas”, comentou. Por outro lado, o analista salienta que a China também depende das importações de carne bovina do Brasil por conta dos outros países produtores que não conseguem atender a demanda.“Por essa necessidade de compra, pode levar esse embargo a ser menor se comparado com o último caso”