A Embrapa Suínos e Aves divulgou o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) referente a março,e os dados mostram leve baixa, após dois meses consecutivos de alta. De acordo com o levantamento, em relação afevereiro, houve praticamente estabilidade, já que o recuo foi de 0,06%% no ICP/Suíno. Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, este pequeno recuo se deve ao afrouxamento do preço do farelo de soja no mês de março. “Apesar disso, o cenário ainda é muito preocupante para a suinocultura, principalmente para os produtores independentes, já que o milho está em movimento de escalada de preços. Os custos de produção devem ser ainda mais desafiadores em abril”, disse.
O principal quesito que pesa nas contas do suinocultor, a nutrição dos animais, recuou 0,79% em março em relação a fevereiro. Em fevereiro, no comparativo com janeiro, a Embrapa havia registrado avanço de 2,91% na alimentação dos animais. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um avanço de 39,72%, e neste primeiro trimestre, os custos com a nutrição dos suínos subiu 3,74%. Atualmente, a alimentação dos suínos representa 81,42% do total investido na atividade.
A título de comparação, em março de 2020, a alimentação dos anaimais representava 78,53% do total de investimentos na granja, segundo a Embrapa. Entre março de 2020 e o mesmo mês de 2019, a nutrição dos suínos havia avançado 14,02%, valor muito inferior à alta de 39,72% entre março de 2020 a março de 2021. Santa Catarina, o Estado que lidera a produção de suínos no Brasil, os custos, de forma geral, caíram 0,1% em em março em relação a fevereiro, atingindo R$ 6,87/kg. No que diz respeito à alimentação dos suínos, a queda foi de 0,8%, chegando a R$ 5,60/kg.
Ao estender a comparação entre fevereiro deste ano com fevereiro de 2020, o aumento dos custos de produção na suinocultura em Santa Catarina foi de 59,25%.