A indústria de carnes suína e de frango prevê uma redução na quantidade de produtos nas prateleiras dos supermercados e um novo patamar de preços, mais alto. O setor afasta o risco de faltar mercadoria, mas diz que a oferta vai cair porque o aumento dos custos em toda a cadeia, desde a ração até o transporte e a embalagem, tem desestimulado a produção. “Esticou a corda de tal jeito que ela pode quebrar”, diz Ricardo Santin, presidente da ABPA (associação do setor). Segundo Santin, as empresas começam a se adequar com medidas como o abate de matrizes mais velhas e menos produtivas. Com o milho caro, não vale a pena mantê-las. “Para desmanchar essa engrenagem demora um pouco, mas as empresas começam a ter de agir, e isso vai gerar menos oferta no mercado”, afirma.