Falta de empregados atrasa abate de suínos na indústria inglesa

Falta de empregados atrasa abate de suínos na indústria inglesa

A indústria de suínos do Reino Unido informou no início desta semana que está enfrentando um colapso depois que um êxodo de trabalhadores do leste europeu levou a uma escassez de funcionários e a um atraso no abate de mais de 170 mil animais. O presidente da National Pig Association (NPA), Rob Mutimer, e o presidente da National Farmers Union (NFU), Minette Batters, disseram que as medidas de visto de emergência projetadas para amenizar o impacto do Brexit e do COVID-19 não estavam funcionando. “A situação é terrível nas granjas, tanto em termos de atraso quanto financeiramente”, divulgaram em uma carta conjunta ao ministro do Meio Ambiente da Grã-Bretanha, George Eustice.

Em outubro, o governo ofereceu vistos de emergência de seis meses a 800 trabalhadores estrangeiros, mas o NPA alegou que 105 imigrantes chegaram. Os órgãos de comércio alertaram que os criadores estavam perdendo muito dinheiro na atividade e pelo menos 30 mil matrizes haviam sido perdidas nos últimos seis meses, o que equivale a cerca de 10% do rebanho inglês. “Já estamos vendo uma queda significativa no número de rebanhos reprodutores e tememos que, se nada mudar, poderemos ver um êxodo em massa dessa indústria nos próximos 12 meses. Se perdermos essa base de produção, não a recuperaremos mais”, reconheceram os empresários.

Os mesmos órgãos de comércio anunciaram milhares de suínos saudáveis ​​estão sendo abatidos nas fazendas por produtores que ficaram sem espaço em suas propriedades, e pediram ao governo federal que convoque uma cúpula de emergência com a cadeia de suprimentos para encontrar soluções. Na primeira semana deste ano, alguns suinocultores disseram que apenas metade dos animais foram adquiridos pela indústria. E que estavam perdendo até 34 dólares por cabeça por causa dos custos da ração e o preço que vêm recebendo. Eles também reivindicaram ao governo que incentive os varejistas a realizar campanhas de marketing para aumentar as vendas da proteína britânica, incentivando os abatedores a eliminar o atraso. Um porta-voz do governo afirmou que as autoridades esperam que haja uma saída maior de animais das granjas do país nos próximos meses.

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