Pouco mais de seis meses depois da visita da missão filipina ao Rio Grande do Sul, aconteceram os primeiros embarques de carne suína para o país asiático. As cargas saíram nesta terça-feira das plantas de uma empresa de Santa Rosa e Santo Ângelo. A missão esteve no estado em dezembro do ano passado. Os técnicos do país conheceram o trabalho desenvolvido pelo Serviço Veterinário Oficial e visitaram propriedades e indústrias em dezembro e anunciaram a aprovação do produto gaúcho em março deste ano.
As Filipinas são um importante mercado da carne suína brasileira, afirma o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Rogério Kerber. Segundo ele, deverá ser o segundo maior comprador em 2024, perdendo apenas para a China. Em 2023 foi o terceiro maior mercado, com mais de 126 mil toneladas de carne suína exportada. Conforme Kerber, trata-se de uma vitória possível após a conquista do status de área livre de febre aftosa sem vacinação. Se considerar aves e suínos, as duas proteínas aprovadas para a exportação do RS para as Filipinas, o volume em 2023 foi de 394 mil toneladas.
A diretora do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura do RS, Rosane Collares, destaca que durante a visita da missão em dezembro, “as autoridades filipinas ficaram bastante satisfeitas com os controles apresentados e foram rápidas na resposta”. Ela pontua também que desde o ano passado já vieram ao Rio Grande do Sul doze missões internacionais. “Ter essa oportunidade de demonstrar a excelência do Serviço de Defesa do Rio Grande do Sul é uma grande satisfação para os servidores. Nós temos essa oportunidade de demonstrar a seriedade com que se trabalha o tema defesa.” O chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura no RS, Márcio Todero, afirma que os embarques para o novo mercado são resultado da organização de toda a cadeia produtiva e que é importante para a diversificação dos mercados.