ACCS: Recuperação do mercado de suínos traz otimismo

ACCS: Recuperação do mercado de suínos traz otimismo

Com preços em alta e demanda aquecida, produtores enfrentam a necessidade de manter a estabilidade produtiva e sanidade do rebanho para consolidar ganhos após anos de crise

O mercado de suínos vem apresentando sinais de recuperação nas últimas semanas, refletindo em uma melhora nos preços pagos aos produtores. Conforme destacou Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), essa retomada traz um alívio necessário, oferecendo uma perspectiva mais otimista para a suinocultura. No entanto, ele ressalta que a sustentabilidade econômica ainda precisa ser solidificada para garantir a continuidade da atividade de forma rentável.
 
Analisando o desempenho das bolsas ao longo do ano, observa-se que Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram exceções, com pequenas quedas nos preços médios desde janeiro. Minas Gerais registrou uma redução de R$ 0,10 e o Rio Grande do Sul de R$ 0,03. Em contraste, a maioria das regiões experimentou aumentos, impulsionados por fatores como a estabilidade na produção, altas taxas de juros que não incentivaram a expansão do plantel, um mercado exportador aquecido e um leve aumento no consumo interno.
 
Losivanio prevê que essa tendência de alta deve continuar no segundo semestre, especialmente com o aumento do consumo de carne suína durante os meses mais frios. No entanto, ele enfatiza a importância de manter a produção estável para consolidar esses ganhos, especialmente após três anos de crise que afetaram severamente a suinocultura independente.
 
A manutenção da sanidade do rebanho é essencial, principalmente para atender mercados exigentes como Japão e Estados Unidos. A garantia de padrões sanitários elevados é essencial para preservar e expandir a presença brasileira nesses mercados internacionais.
 
ANÁLISE DO PARANÁ
 
O mercado paranaense de suínos está atualmente aquecido, com uma oferta limitada e preços em alta. Odanir Farinella, suinocultor paranaense, observa que a demanda tem sido robusta, e há expectativas de novos aumentos de preço nas próximas semanas. Este cenário positivo é reforçado pelo início do mês, com a entrada de salários, e uma exportação favorecida pela alta do dólar.
 
Farinella destaca que os pesos dos animais vendidos estão atualmente abaixo do habitual, em torno de 120 quilos, quando o normal seria entre 120 e 140 quilos.
 
O clima frio é outro fator que contribui para um mercado mais robusto, aumentando a demanda por carne suína. A perspectiva é de um cenário promissor para o mercado suinícola, embora a atenção aos fatores econômicos e sanitários continue sendo essencial para sustentar essa recuperação.
 
EM RESUMO
 
Tanto Losivanio Luiz de Lorenzi quanto Farinella apontam para um mercado de suínos em recuperação, impulsionado por diversos fatores econômicos e de consumo. A estabilidade na produção, a demanda externa robusta e as condições climáticas favoráveis são elementos que sustentam essa retomada.
 
No entanto, desafios persistem, especialmente em relação à manutenção da sanidade do rebanho e à sustentabilidade econômica dos produtores. A atenção a esses fatores será indispensável para consolidar os ganhos recentes e garantir um futuro próspero para a suinocultura brasileira.

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