As exportações brasileiras de carne suína atingiram um recorde no primeiro semestre de 2024, com 613,7 mil toneladas embarcadas, um aumento de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta segunda-feira. Apesar do aumento em volume, a receita gerada pelas exportações caiu 8%, totalizando US$ 1,3 bilhão.
No mês de junho, as exportações totalizaram 107,1 mil toneladas, uma ligeira diminuição de 1,4% em relação às 108,6 mil toneladas exportadas em junho de 2023. A receita gerada no mês foi de US$ 235,3 milhões, 11% inferior aos US$ 264,3 milhões obtidos no mesmo mês do ano anterior.
Santa Catarina manteve-se como o principal exportador de carne suína do Brasil, com 337 mil toneladas embarcadas entre janeiro e junho, um aumento de 5,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. O Rio Grande do Sul seguiu com 131 mil toneladas (-2,5%), Paraná com 80,2 mil toneladas (-1,6%), Mato Grosso com 17,5 mil toneladas (+40,3%) e Mato Grosso do Sul com 12,6 mil toneladas (-2,8%).
No cenário internacional, a China foi o destino de 127,9 mil toneladas no primeiro semestre deste ano, uma redução de 40,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. As Filipinas importaram 84,2 mil toneladas, um aumento de 65,3%, seguidas por Hong Kong com 51,9 mil toneladas (-15,1%), Chile com 50,3 mil toneladas (+21,7%), Singapura com 41,4 mil toneladas (+19,5%) e Japão com 37,5 mil toneladas (+107,3%).
“Vale destacar também o contínuo crescimento das exportações para todos os países da América do Norte e na América do Sul, com incrementos importantes nas vendas para o Chile e Peru. São indicadores da nova estratégia brasileira, que tem investido cada vez mais na ampliação da capilaridade das exportações de carne suína”, destaca Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.