O ‘ano do porco’: carne suína valoriza 34% desde janeiro mesmo com maior oferta

O ‘ano do porco’: carne suína valoriza 34% desde janeiro mesmo com maior oferta

Exportações e aumento do consumo per capita explicam impulso até agora

carne suína registra forte valorização apesar da previsão de aumento da produção do produto e da perda de competitividade de preço em relação a proteínas concorrentes no Brasil.

De acordo com o Cepea, o produto tem alta de 34,7% em São Paulo desde janeiro (de R$ 6,65 para R$ 8,96 por quilo) e segue com preços sustentados até o momento nas principais praças de comercialização.  

Segundo estimativa divulgada por Safras & Mercado, a produção de carne suína no Brasil tende a alcançar 5,395 milhões de toneladas em 2024, aumento de 2,3% ao ano passado.

Já a relação de preços com os principais concorrentes, como carne bovina e de frango, deteriorou-se. A proteína de bovina, por exemplo, subiu “apenas” pouco mais de 20% e a de frango registrou leve aumento no ano desde o início do ano.

Os movimentos de alta de preço, maior oferta e perda de competitividade, normalmente contraditórios, têm alguns atenuantes. O primeiro é as exportações, que deverão atingir 1,294 milhão de toneladas no ano com 5,5% em relação a 2023.

Ainda assim, a disponibilidade de carne suína no mercado doméstico deverá crescer para 4,131 milhões de toneladas em 2024, subindo 1,4% frente ao volume ofertado no último ano.

Como parâmetro, consumir uma oferta extra de quase 56 mil toneladas em 2024 em relação a 2023 anterior exigiria que cada brasileiro comesse cerca de 260 gramas a mais de carne suína em média neste ano.

A boa notícia para os suinocultores é que o consumo per capita de carne suína no mercado interno aumentou de 15,1 kg em 2015 para 20,6 kg em 2023, um aumento de 36,4%.

De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), esse aumento foi impulsionado pela maior aceitação da carne suína pelo consumidor no Brasil, apoiada por campanhas de incentivo ao seu consumo.

Bom para os suinocultores

poder de compra de suinocultores paulistas frente ao milho, por exemplo, cresceu pelo oitavo mês seguido, conforme apontam levantamentos do Cepea. Em relação ao farelo de soja, setembro foi o terceiro mês consecutivo de aumento no poder de compra. 

Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário decorreu das altas de preços do suíno vivo superiores às verificadas para os principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja), comparando-se as médias de agosto e setembro. 

Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo foi negociado ao valor médio de R$ 8,95/kg em setembro, forte aumento de 5,8% em relação ao de agosto.

Inclusive, este foi o quinto mês seguido de valorização, de acordo com levantamento do Cepea.

Fonte: CEPEA/Agrofy

Compartilhe:

Assine agora nossa newsletter

Mantenha-se informado sobre as últimas notícias, tendências e eventos da Suinocultura!
plugins premium WordPress
Enviar uma mensagem
1
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?