A produção de carnes bovina, suína e de aves deverá se manter estável em 2025, em cerca de 31,56 milhões de toneladas, segundo estimativas divulgadas na segunda-feira (27/1) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Nos cálculos da estatal, haverá queda de quase 5% na produção de carne bovina neste ano e incrementos de 2,3% e 3,1% na produção das proteínas de aves e suínos, respectivamente.
De acordo com a Conab, a produção das três proteínas bateu recorde em 2024, com 31,57 milhões de toneladas. O número foi influenciado pelo auge do abate de bovinos no ciclo pecuário, disse a estatal.
No caso da carne bovina, deverá haver maior retenção de fêmeas pelos criadores em 2025 após abate recorde desses animais em 2024. “A estimativa é que a produção seja menor que a registrada no ano anterior”, diz a Conab, que prevê queda de 4,9%, saindo de 10,9 milhões de toneladas no ano passado para 10,3 milhões de toneladas em 2025. Mesmo assim, destaca a companhia, será o segundo maior volume produzido da história, se atingido, atrás apenas de 2024.
Nas estimativas da Conab, as exportações de carne bovina seguirão aquecidas e deverão crescer 2,1%, para 3,8 milhões de toneladas. Com isso, a disponibilidade interna da proteína ficará em, aproximadamente, 6,58 milhões de toneladas, queda de 8,5% em relação a 2024, o que pode pressionar os preços da proteína. A disponibilidade per capita deve cair 8,9%, passando de 35 quilos para 31,9 quilos por habitante por ano.
A diminuição prevista para 2025 “será equilibrada pelos aumentos produtivos das demais proteínas, mantendo a disponibilidade per capita acima dos 102 quilos por habitante por ano”, pondera a Conab. O número é 1,8% menor que o registrado em 2024 (104,3 quilos por habitante por ano). A estatal prevê aumento da importação dos três tipos de carnes: aves (5,5%), bovina (5%) e suína (2,8%).
Aves e suínos
O mercado de aves apresenta um cenário mais promissor para 2025, segundo a Conab. A produção tende a crescer novamente (2,3%) e estabelecer um novo recorde, em torno de 15,6 milhões de toneladas. As exportações também devem continuar em alta, com projeção de incremento de 2,9%, para 5,3 milhões de toneladas.
“Mesmo com uma maior venda ao mercado externo, a disponibilidade interna deve se manter em patamar elevado, em torno de 10,35 milhões de toneladas, mantendo o mercado interno abastecido”, aposta a estatal. Nos cálculos da empresa, a disponibilidade interna de carne de frango deve crescer 1,5%, para 50,2 quilos por habitante por ano.
Em 2024, as vendas de carne de aves ao mercado externo registraram leve alta, chegando a 5,1 milhões de toneladas, mesmo com menor procura da China pelo produto brasileiro. O envio para o país asiático registrou queda de 18%, para 561 mil toneladas. O movimento foi compensado pelo aumento da demanda de países como México (+23%), Iraque (+18%) e Chile (+44%).
Para a carne suína, a expectativa é que o volume produzido cresça 3,1%, para 5,53 milhões de toneladas. O incremento vai permitir o aumento tanto na disponibilidade interna quanto nas vendas externas, projetadas respectivamente em 4,19 milhões de toneladas e 1,36 milhão de toneladas. Caso se confirme, será o melhor resultado registrado para a proteína na série histórica da companhia.
Ovos
A estimativa da Conab é que a produção de ovos para o consumo no Brasil atingiu 45,8 bilhões de unidades em 2024, alta de 11% em comparação com 2023. Para 2025, é esperado um novo crescimento, de 4,8%, para 48 bilhões de unidades, um novo recorde caso se confirme.
Fonte: Revista Globo Rural