Os preços no mercado da suinocultura independente continuam subindo neste início de novembro, e em alguns estados, está perto de alcançar a casa dos R$ 10,00/kg do animal vivo. Mais aumentos são previstos, já que é tradicional a demanda pela proteína no final do ano, mas mesmo com os aumentos nos preços pagos ao produtor, lideranças da área ainda se preocupam com os avanços dos custos de produção.
Nesta quinta-feira (5), a negociação na bolsa de suínos em São Paulo teve alta, passando de R$ 9,60/kg para R$ 9,87/kg. O presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos, Valdomiro Ferreira, explica que este aumento “é o produtor correndo atrás do custo de produção”.
“A expectativa era de que na primeira semana de novembroa arroba suína chegasse a R$ 200,00 (hoje está a R$ 185,00), acompanhando o preço da arroba bovina. Os frigoríficos alegam dificuldade em repassar o aumento de preços para o atacado e o varejo para que o consumidor absorva. Mas acreditamos que ainda este mês o preço chegue aos R$ 200,00 a arroba”, disse.
Ele explica ainda que a relação de troca, principalmente com o milho, está desfavorável. Pelas contas de Ferreira, uma arroba suína compra 2,27 sacas de 60kg de milho atualmente, o que significa que a cada arroba do animal comercializada, o produtor perde o poder de adquirir 13 quilos de milho.
Segundo informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a bolsa de suínos do Estado, realizada nesta quinta-feira, também teve alta, com valores saindo de R$ 9,50/kg para R$ 9,80/kg vivo.
Na nossa plataforma de dados, com mais de 95 mil matrizes, a oferta de animais para abate é folgada a favor do suinocultor não havendo pressão para vendas.
O mercado de suínos no estado está inserido no Brasil, aonde o produto suíno vivo é escasso, com demanda interna e externa firmes”, afirmou o consultor de mercado da Asemg, Alvimar Jalles.
Também nesta quinta-feira (5), Santa Catarina também negociou os suínos no mercado independente, e os valores passaram de R$ 9,46/kg para R$ 9,67/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, por mais que tenha havido um aumento considerável, não é proporcional à alta dos custos de produção.
“No setor da integração tambéme stá havendo aumentos, e é preciso que a suinocultura continue com essa pujança para que o suinocultor consiga fazer os investimentos na propriedade e melhorar a produtividade”, disse.
A bolsa de suínos gaúcha teve aumento “dentro do esperado”, segundo Valdeci Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul. O preço passou de R$ 8,69/kg para R$ 8,79/kg.
“Os frigoríficos reclamam do preço, mas apesar da choradeira, é preciso pagar o preço, porque não há uma oferta larga de animais para venda. Esperamos que nas próximas semanas ainda haja reajustes pequenos, já que acredito que estejamos perto de um teto de preços”, contou.
Fonte: Notícias Agrícolas