Com intuito de descomplicar as normativas que tratam das legislações em Fábricas de Ração, facilitar a compreensão quanto às normativas vigentes e também trazer informações para o aprimoramento de todos os elos da cadeia suinícola quando o assunto é a resistência antimicrobiana, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), publicou nesta quarta-feira (28), o primeiro de uma série de informativos técnicos sobre Fábricas de Ração. O material é didático e será composto por 9 informativos e uma palestra, encabeçados pela equipe técnica e política da ABCS, coordenada pela diretora técnica da ABCS, Charli Lutke, e pelo consultor, médico veterinário e especialista no tema Stefan Rohr. Para contextualizar o assunto e explicar sua relevância para a suinocultura, Stefan ministrou no dia 23 de abril, uma palestra para todo o Sistema, sobre as instruções normativas vigentes, resistência antimicrobiana, bem-estar animal e impactos nas granjas.
Na ocasião, o consultor explicou que a resistência das bactérias frente aos antimicrobiana tem aumentado, principalmente no que se refere às diferentes classes de antibióticos mais utilizados em nível mundial, representando um risco à saúde humana e animal, pois novos princípios ativos levam décadas para serem desenvolvidos. Stefan exemplificou que em muitos países, outras ferramentas alternativas têm sido utilizadas como substitutos, principalmente aos antibióticos administrados como melhoradores de desempenho, e esse deve ser um importante ponto de atenção aos produtores brasileiros e nutricionistas nas Fábricas de Ração, já que a Instrução Normativa Nº 113 que estabelece as boas práticas de manejo e bem-estar animal nas granjas de suínos de criação comercial, prevê diretrizes quanto ao manejo nutricional e a boa saúde dos animais, e já está em vigor desde fevereiro deste ano.
Rohr afirma ainda que este tema é de extrema importância, uma vez que a fábrica de ração é o segmento que representa até 80% do custo do negócio suinocultura. “A intenção é manter os envolvidos informados, atualizados e cientes dos movimentos de mercado neste setor e também mantê-los munidos de como proceder em relação à legislação vigente, mas as decisões cabem a cada um dos suinocultores.” O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, ressalta que o trabalho da Instituição, como uma entidade de classe, é de orientar a cadeia de acordo com as exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Nosso papel é descomplicar as normas que tratam de alimentação animal para a cadeia suinícola. Ou seja, levar conhecimento de qualidade, orientação e informação de fonte oficial, como o MAPA, aos produtores de suínos”. A série é mais uma entrega do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Os informativos serão disponibilizados durante todo o ano, até dezembro de 2021 a toda a suinocultura, pelo site da instituição.