Em decorrências das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, cheias e deslizamentos foram registrados em diversas regiões do Estado, causando prejuízos também, ao setor suinícola. Por conta disso, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), trabalha ativamente para auxiliar os suinocultores atingidos e prejudicados pelos transtornos causados pelo evento climático.
Neste momento, as ações são lideradas pelo presidente da ACSURS, Valdecir Luis Folador, que em conjunto com a diretoria, define as estratégias mais adequadas e prioriza as soluções através de medidas públicas.
“Estamos em contato direto com o Governo do Estado solicitando alternativas que auxiliem os suinocultores gaúchos e a postergação dos prazos de financiamentos e de normas, como a Instrução Normativa DSA n° 10/2023, que estabelece as diretrizes mínimas de biosseguridade em granjas de suínos”, ressalta.
Com os dados ainda sendo contabilizados, a entidade ainda não tem os números de suinocultores e propriedades atingidas, mas ressalta que no Vale do Taquari e na Serra, onde boa parte da produção está concentrada, muitos prejuízos ainda serão registrados.
“É uma reação em cadeia, algumas granjas tiveram sua estrutura afetada e perderam animais em decorrência de cheias ou deslizamentos, já outras, não conseguem ou tem dificuldades em abastecer os silos para alimentar os suínos, já que muitas estradas estão interditadas e não é possível chegar até as propriedades”, explica Folador.
Participando ativamente de reuniões e em contato direto com líderes políticos, a entidade trabalha em busca de medidas que reduzam os prejuízos, facilitem o processo e auxiliem a normalizar a produção de suínos no Estado.
A CCPS
Localizada em Estrela/RS, um dos municípios mais afetados da região do Vale do Taquari, a Central de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS), também teve seu trabalho prejudicado em decorrência dos problemas climáticos. A estrutura que permanece intacta, não foi afetada, mas os caminhos que chegam até lá, foram interditados, impossibilitando a chegada dos colaboradores e a logística de entrega do material genético.
Por conta disso, a CCPS contou com o apoio da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Agroceres PIC, Alibem, Aurora e BRF, que forneceram o material genético e possibilitaram que nenhum cliente ficasse sem receber o produto.
O gerente técnico e comercial da CCPS, Luciano Bianco do Amaral, explica que agora a produção está normalizada e os insumos estão chegando aos poucos. “Porém, a nossa grande dificuldade agora é a logística. Ainda temos muitos pontos interditados em diferentes regiões onde a CCPS fornece o sêmen suíno”, finaliza.
Sede da entidade
No Bairro dos Estados em Estrela/RS, a sede da ACSURS fica protegida da água. Não houve prejuízos, apenas o atendimento foi prejudicado por conta da falta da água, luz e internet. A equipe que atua lá, trabalhou de forma remota, quando se tinha acesso a internet. Agora, o serviço está reestabelecido.
No parque da Expointer
As cheias do Lago Guaíba, chegaram até o Parque de Exposições Assis Brasil, localizado em Esteio/RS e atingiram a Casa da ACSURS e o Restaurante do Porco, onde tradicionalmente a entidade recebe todos os anos suinocultores e profissionais do setor, assim como, promove a carne suína durante as programações da Expointer. Os espaços ainda estão alagados e não há informações sobre danos e prejuízos, que deverem ser verificados nos próximos dias, quando será possível fazer uma visita ao local.
Informações importantes
– Fepam prorroga vigência de licenças ambientais devido ao estado de calamidade pública no RS e divulga orientações para descarte de animais mortos.
– Emissão emergencial de GTAs começa a ser feita de forma virtual com o auxílio de inspetorias veterinárias.