A Associação Paranaense de Suinocultores (APS) emitiu nota, assinada pela direção, em que esclarece as dificuldades pelas quais a suinocultura vêm passando, como a flutuação dos preços pagos pelo animal vivo, e que, em algumas situações, o produtor trabalha no prejuízo.
Confira a nota na íntegra: “Os paranaenses, assim como os demais brasileiros apreciadores de carne suína, estão consumindo cada vez mais essa saborosa fonte de proteína animal, apresentada nas mais diversas formas, desde a famosa feijoada até os leitões assados de diferentes maneiras e com vários acompanhamentos e molhos.
Os programas de culinária na TV e nas mídias sociais têm dado espaço à carne suína, e os chefs têm reconhecido seu valor nutricional e sua ótima harmonização, inclusive usando-se cada vez mais a banha na elaboração de seus pratos, por ser extremamente saudável.
Nos últimos anos, após intensa campanha do sistema suinícola, denominada “Mais Carne Suína”, e de ampla divulgação pela mídia das medidas que garantem sanidade animal nas granjas, as vendas se aqueceram, tanto dos produtos elaborados à base dessa proteína animal, quanto da própria carne suína in natura e seus diferentes cortes.
No entanto, o que a população talvez não saiba é que mesmo com o aumento do consumo, os suinocultores, em especial os do mercado independente, continuam amargando graves prejuízos, e que nem o aumento das exportações de carne brasileira em razão de episódios ocorridos recentemente na Ásia, fomentando o comércio mundial de carnes, isso foi suficiente para compensar de forma justa a quem produz com qualidade a saborosa carne suína que está à mesa da população que a aprecia.
Enquanto o preço do produto sobe no varejo, o produtor não consegue auferir lucratividade à sua atividade, e esse quadro tem persistido nos últimos anos devido às constantes oscilações no mercado do suíno vivo no Brasil. Ou seja, o produtor não consegue alcançar uma margem de lucro que seja satisfatória ou que faça frente aos custos de produção. Na maioria das vezes ele continua operando, mesmo no prejuízo, e mantendo os níveis de produtividade em alta, atendendo também a todas as exigências sanitárias e ambientais, de manejo, bem estar animal e de toda a biosseguridade nas granjas.
Como entidade representativa da classe dos criadores de suínos do Paraná, que se mantém atenta a tudo isso e também mobilizada junto aos órgãos competentes, a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) vem à público prestar esse esclarecimento, muito embora reconheça que não é da sua competência regular o mercado, que tem suas próprias regras, mas que na maioria das vezes não leva em conta todo o esforço de quem está no início da cadeia produtiva.
Resta à APS dar suporte ao produtor e às autoridades para que a atividade transcorra dentro das exigências do mercado consumidor, contribuindo para que o produtor encontre melhores meios para se manter na atividade.”
Fonte: APS