Os preços dos produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea encerraram junho em alta, e este foi o segundo mês consecutivo de avanço. A sustentação aos preços veio do excelente desempenho das exportações brasileiras de carne suína em junho e também da procura aquecida pela proteína no mercado doméstico.
Preços e exportações – Após recuarem em maio, as exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) voltaram a subir em junho. O poder de compra do suinocultor paulista frente ao milho (importante insumo utilizado na atividade) aumentou em junho, impulsionado pela combinação de alta no preço do vivo e queda no do cereal. Já em relação ao farelo de soja, outro insumo de importância para o setor suinícola, que se valorizou em maior intensidade que o animal no mesmo período, o poder de compra do produtor caiu.
Carnes concorrentes – Os valores médios mensais das carnes suína e de frango registraram aumentos em junho em comparação a maio, com avanços mais intensos nas cotações da proteína suinícola. A carne bovina, por sua vez, desvalorizou-se. Como resultado, a competitividade da carne suína caiu em relação às concorrentes, com a diferença entre o preço da carcaça especial suína e o da carcaça casada bovina sendo a menor desde novembro de 2020.