Os preços médios do suíno vivo e da carne registram três meses seguidos de alta. Em julho, especificamente, as cotações seguiram elevadas na maior parte do período, apesar dos leves recuos no final da segunda quinzena em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea. Inclusive, para o animal vivo, a média chegou a ser a mais alta desde fevereiro/21 em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de julho/24).
Preços e exportações
Tanto o volume quanto a receita das exportações brasileiras de carne suína atingiram recordes em julho, considerando-se a série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), iniciada em 1997. No mês, o Brasil embarcou 137,1 mil toneladas de carne suína (produtos in natura e processados), superando a marca até então histórica, de 114,7 mil toneladas, registrada em agosto de 2022. Ainda segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, o volume escoado em julho deste ano ficou expressivos 29,4% acima do de junho e significativos 31,5% maior que o de julho do ano passado.
Relação de troca e insumos
Diante das fortes valorizações do suíno vivo, o poder de compra do produtor paulista frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) aumentou em julho. Frigoríficos nacionais intensificaram as compras de novos lotes de suínos para abate – algumas unidades, inclusive, adquiriram animais além da programação normal, para conseguir atender aos pedidos. Além da demanda doméstica firme as exportações brasileiras da carne foram recordes.
Carnes concorrentes
Enquanto os preços da carne suína registraram fortes altas em julho, as cotações da bovina subiram levemente e as da carne de frango caíram. Como resultado, a competitividade da proteína suinícola diminuiu frente às principais concorrentes. O valor médio da carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo subiu fortes 9,9% de junho para julho, para R$ 11,34/kg.