O déficit de oferta de carne suína na China deve ficar entre 20 e 24 milhões de toneladas, após o rebanho de suínos do país ter sido dizimado pela peste suína africana no ano passado, estima a diretora de Relações com Investidores da JBS, Christiane Assis. Em live transmitida pela Genial Investimentos, ela disse que a perspectiva é de que o coronavírus tenha piorado esse cenário por causa das interrupções logísticas, que prejudicaram a alimentação, o transporte e os abates de animais no gigante asiático.
Os gargalos logísticos em decorrência do coronavírus também afetaram as operações portuárias em fevereiro, levando a uma leve redução nos embarques de carne brasileira. Em março, entretanto, Assis lembra que os volumes já foram recuperados e que a tendência para abril é de uma exportação ainda forte para o país, o que deve se repetir nos próximos meses. “A gente espera resultados bem positivos, principalmente na Seara, onde exportamos grande parte das proteínas brasileiras”. Segundo ela, as exportações de carne suína brasileira para a China cresceram 184%, enquanto os embarques de carne bovina subiram 92% e os de carne de frango, 46%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Neste mês, a JBS já não enfrenta nenhum tipo de problema logístico e as operações da empresa nos portos, especialmente no Brasil, continuam ocorrendo sem interrupções, de acordo com a executiva. A prioridade da empresa, no momento, é manter todas as plantas de processamento operando, além de garantir a segurança dos funcionários e o fornecimento de proteínas para a população.
Fonte: Suinocultura Industrial