Exportação de carne suína cai 6,3% no trimestre

Exportação de carne suína cai 6,3% no trimestre

As exportações de carne suína brasileira somaram 91,4 mil toneladas em março, queda de 16,3% na comparação anual, segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgado na sexta-feira (08). “As vendas de carne suína em março trouxeram recuperação, em patamares próximos à média do primeiro semestre de 2021”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota. “A comparação com março do ano passado, que registrou o segundo melhor desempenho da história do setor, pode parecer negativa. No entanto, ao compararmos em relação aos meses anteriores, os dados acenam para a melhora dos níveis de exportações, que tem contribuído para a redução dos impactos da forte crise gerada pelos custos de produção históricos.”

O faturamento da indústria de carne suína com as exportações em março foi de US$ 190,3 milhões, queda de 27,3% em relação a março de 2021. Os embarques de carne suína no primeiro trimestre somaram 237,5 mil toneladas, volume 6,3% menor que no mesmo período do ano passado. A receita chegou a US$ 498,5 milhões, queda de 16,1%. A China continuou sendo o principal destino das exportações brasileiras de carne suína em março, mas reduziu as compras em 41,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 34,1 mil toneladas. Hong Kong também importou 44,2% a menos que em março de 2021, a 9,7 mil toneladas.

Já as Filipinas registraram alta de 255,2% nas compras, a 6,8 mil toneladas. Cingapura comprou 36,4% a mais, com 5,2 mil toneladas, e Argentina registrou crescimento de 71,5% nas importações, a 5 mil toneladas. “A China deverá continuar comprando carne suína brasileira nos próximos meses. A esperada melhora da situação da covid lá e o respectivo relaxamento das restrições ao trânsito de pessoas seguramente aumentarão a demanda pela carne suína importada de maneira geral, utilizada majoritariamente como matéria-prima para restaurantes e por processadores locais”, disse o diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua. “A difícil situação de mão de obra em países concorrentes do Brasil também deverá possibilitar que o setor aumente seus volumes no curto e médio prazo.”

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