Produção da proteína brasileira deve crescer 3,9%, enquanto as exportações devem aumentar em 4%; Brasil pode se beneficiar da demanda chinesa em meio à PSA e atrito com os EUA. De acordo com relatório sobre o cenário global para a carne suína feito pela Agrinvest Commodities, a Peste Suína Africana (PSA) deve continuar a prejudicar a produção mundial da proteína, principalmente na Ásia. A redução da produção global deve ser em torno de 7,5%, o que deve fazer com que, pela primeira vez na história, a produção mundial de carne de frango ultrapasse a suína.
Apesar da redução dos rebanhos por causa da PSA, a China segue sendo o maior produtor de suínos do mundo, representando 36%. Entretanto, devido a esta diminuição de produção, será preciso em 2020 aumentar as importações de carne suína em 57% em relação ao ano passado, chegando a 3,85 milhões de toneladas.
Outros importantes países importadores de carne suína citados pela Agrinvest é o Japão, com 1,49 milhão de tonelada/ano, México 0,95 milhão de tonelada/ano e Coreia do Sul 0,63 milhão de tonelada/ano.
A exportação mundial de carne suína em 2020 deverá alcançar 10,48 milhões de toneladas, um aumento de 1,21%. O Brasil figura em quarto lugar entre ois principais países exportadores, com 1,00 milhão de toneladas por ano. Para o país, as exportações de carne suína devem crescer 39 mil toneladas ou 4,06% em comparação a 2019.
Além da estimativa de aumento nas exportações e também na produção de carne suína no Brasil, em torno de 3,9%, segundo a Agrinvest, o consumo interno do produto deve ter aumento de 0,51%. Vale lembrar que consumo doméstico de carne suína representa 76% e as exportações representam 24% da produção brasileira.