O Índice de Preços da Carne da FAO registou uma média de 119,0 pontos em dezembro, um aumento de 0,5 pontos (0,4%) em relação a novembro, marcando uma recuperação após três meses de descidas consecutivas. Neste nível, o índice situou-se 7,9 pontos (7,1%) acima do valor correspondente de há um ano. O aumento foi impulsionado principalmente pelos preços mais elevados da carne bovina, resultantes da forte procura global, juntamente com restrições de produção devido a paragens rotineiras de manutenção no final do ano em fábricas de processamento nos principais países exportadores.
Da mesma forma, os preços internacionais da carne ovina aumentaram, sustentados pela redução da disponibilidade de abate na Austrália, na sequência da melhoria das condições das pastagens devido às chuvas recentes, o que incentivou uma maior retenção de gado, combinada com uma procura global sustentada. Em contraste, os preços da carne suína diminuíram, sustentados pela procura dos consumidores mais fraca do que o esperado na União Europeia antes das férias de Inverno.
Enquanto isso, os preços da carne de aves registraram uma ligeira queda devido à ampla oferta de exportação do Brasil. No conjunto de 2024, o Índice de Preços da Carne da FAO registou uma média de 117,2 pontos, um aumento de 3,1 pontos (2,7%) em relação a 2023, impulsionado pela robusta procura de importações dos principais países importadores de carne, num contexto de crescimento mais lento da produção global. Isto sustentou preços médios mais elevados para as carnes bovina, ovina e de aves, enquanto os preços médios da carne suína diminuíram, motivados pela fraca procura de importações, especialmente da China.