Missão na Rússia deve beneficiar agronegócio brasileiro

Missão na Rússia deve beneficiar agronegócio brasileiro

O agro brasileiro foi o tema central das conversas entre os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Vladimir Putin, da Rússia. O setor produtivo agrícola do país tem interesse na importação de insumos como fertilizantes, área em que o Brasil é deficitário. Ao mesmo tempo, o mercado russo é hoje um destino relevante do frango nacional, e já foi o principal destino da carne suína brasileira.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, esteve na comitiva que acompanhou a missão diplomática à Rússia. Na viagem, ele participou do Fórum dos Conselhos de Empresários da Rússia e do Brasil, onde defendeu o reforço do papel brasileiro na segurança alimentar das nações parceiras.

A Rússia enfrenta problemas sanitários relacionados à Peste Suína Africana (PSA) e, recentemente, abriu uma cota de importação de carne suína de 100 mil toneladas, a qual estará disponível até julho deste ano. A expectativa é que o Brasil abocanhe a maior fatia deste montante, o que seria decisivo para reduzir a oferta interna da proteína suína, cuja tendência é de redução dos volumes embarcados para a China, hoje o principal cliente do país.

Em relação aos fertilizantes, área de interesse do Brasil, o nitrato de amônio tem sua importação quase total da Rússia. No agro do país, é aplicado principalmente em lavouras de café e cana-de-açúcar. A preocupação do setor produtivo é na recente bloqueio de exportação desse insumo pelos russos, que visa atender a demanda doméstica do país euroasiático. O Brasil também importa da Rússia um volume de adubos nitrogenados próximos a 21%, os quais são essenciais para várias culturas.

Segundo informações divulgadas à imprensa por representantes do agro que integraram a comitiva que compõe a missão diplomática, o momento ruidoso e a crise com a Ucrânia não impedirá que Brasil e Moscou ampliem suas relações comerciais. Além dos interesses do agronegócio, a Rússia ocupa a sexta posição no ranking das nações que mais exportam bens para o Brasil.

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