É essencial unir as percepções do Agronegócio com as da sociedade

É essencial unir as percepções do Agronegócio com as da sociedade

 
Em palestra na PorkExpo LATAM 2023, em Foz do Iguaçu (PR), o diretor executivo da JBS Seara, José Ribas, destacou que é preciso mostrar a distância da percepção do agronegócio que acontece com o que a sociedade percebe para se cumprir o papel de eliminar as lacunas da informação. “É fundamental trazer a sociedade para conhecer o agronegócio que existe hoje e, junto com isso, as provocações, para se conhecer melhor os desafios que virão. Precisamos tratar melhor o jeito de comunicar, o trabalho de liderança, de como vai se construir cenários e estratégias para que o agronegócio continue competitivo”, avalia.
 
Segundo Ribas, é essencial que se possa transformar as competências que são verdadeiras, de crescimento de mercado e de participação no mercado internacional (atendendo a mais de 150 países com as proteínas animais) para trazer riqueza de fato ao país, haja vista que o Brasil recebe pênaltis em preços e valores, pois há uma certa percepção de que o setor do agronegócio não cuida do meio ambiente e de aspectos importantes. É preciso continuar a jornada, que passa pelo digital, que vai passar por estratégias e estruturas, pois se a gente não cuidar disso poderemos continuar sendo passageiros e não protagonistas, sem tomar a direção desse negócio”, analisa.
 
Ribas entende que o Brasil, pelas competências que têm, não pode permitir ser um país que vai ser omisso ao papel de protagonista, sendo submetido a ser conduzido por outras economias. “O Brasil pode sim, pelo menos na produção de alimentos, ser a liderança mundial. Nenhum país pode se dar ao luxo de ficar sem alimentos, pois não há sociedade que fique em pé sem alimentos. Então o valor mais precioso é nos que produzimos. Se pudermos nos aproveitar disso, será possível transformar o país”, avalia.
 
Para Ribas, o Brasil mostra lá fora as imagens dos problemas, o que não representa o agronegócio, como o desmatamento na Amazônia. “É importante mostrar o agronegócio brasileiro, que vive em cima de uma legislação severa de um código ambiental que preserva, que produz com eficiência, competência e qualidade. A gente precisa mudar essa percepção para que isso embarque junto com o nosso produto. Não é possível mais vender só frango, suíno ou bovino. É necessário vender um conceito amarrado à sustentabilidade e à sociedade de uma forma geral, com ganhos para todo mundo. Assim será possível sair desse mundo que cobra um pênalti para um mundo que dê um prêmio ao Brasil”, conclui.

Compartilhe:

Assine agora nossa newsletter

Mantenha-se informado sobre as últimas notícias, tendências e eventos da Suinocultura!
plugins premium WordPress
Enviar uma mensagem
1
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?