As negociações de suínos no mercado independente, que já vinham aquecidas na semana anterior, nesta semana atingiram preços altos, com destaque para Minas Gerais, que chegou a R$ 7/kg, recorde nominal. A razão para estes resultados, segundo lideranças das principais praças produtoras, é a melhora no poder aquisitivo da população, com auxílios do Governo Federal, o retorno paulatino do comércio em algumas regiões do país e, principalmente, as exportações de carne suína batendo recordes.
Nesta quinta-feira (16), a Bolsa de Suínos de Minas Gerais viu o preço subir R$ 0,90 centavos esta semana, atingindo R$ 7, recorde nominal, segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles. Ele afirma que a procura hoje é exageradamente superior à oferta, dando respaldo para que o mercado precifique nos atuais patamares. “Em 2018 dizíamos que a suinocultura iria passar por um momento de “Cisne Negro” devido aos problemas na produção de suínos na Ásia. Eventos Cisne Negro são situações raras e que causam grande impacto. Agora, com a Covid-19, o ‘corona voucher’ e outros desdobramentos, a suinocultura está vivendo dois cisnes negros simultaneamente”.
São Paulo, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, também teve avanço. De acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, a alta foi de 9,09% em comparação à semana anterior, chegando a R$ 6,40/kg vivo. Nesta quinta (16), a bolsa em Santa Catarina elevou o preço de R$ 5,15/kg para R$ 6,08/kg vivo, conforme explica o presidente da Associação de Criadores de Suínos de Santa Catarina, Losivânio de Lorenzi. Ele explica que a procura de animais para abate foi grande, e há pouco mais de um mês, quando os preços estavam baixos, muitos produtores venderam suínos leves, empurraram tudo o que havai de animais gordos, e continuaram vendendo os leves. “Agora quando começa a procura, há uma retração maior na comercialização, e o mercado interno está aquecendo bastante. As exportações a cada semana atingindo recorde ajuda puxando os preços. Essas altas mostram um mercado promissor, mas dependemos das exportações para poder sustentar esses preços”.
Nesta semana, o preço do quilo do suíno vivo no Rio Grande do Sul passou de R$ 4,64 para R$ 5,31/kg, de acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador. “Subiu o preço essa semana e vai subir ainda mais, com expectativa de chegar aos R$ 6/kg com o andar do mercado como está. Negócios bons, a procura esá enorme e oferta normal. A exportação é que está dando sustentação ao mercado de suínos”.
Os preços aumentando ans demais praças começaram a ser refletidos no Mato Grosso, com aumento de R$ 3,80/kg praticados na semana passada para R$ 4,30/kg nesta semana. O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar CAnossa, explica que isso se deve “à volta do poder de compra do brasileiro, que consome 80% da carne suína produzida, e pelas exportações, que surpreenderam positivamente”.
Fonte: Notícias Agrícolas