Esta semana para a suinocultura independente trouxe reação de preços para algumas praças produtoras, e mesmo que os reajustes positivos não tenham sido vertiginosos, lideranças do setor vêem o movimento como sinal de esperança para a atividade que vem registrando prejuízos.
Na última quinta-feira (27), o preço do animal vivo subiu em São Paulo, chegando a R$ 5,60/kg, reajuste considerado como “conservador” pelo presidente da Asspciação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira.
A expectativa para esta semana era de novo reajuste, levando em conta os altos custos de produção e a virada de mês. Entretanto, nesta quarta-feira não houve acordo entre frigoríficos e suinocultores, que solicitaram o valor de R$ 6,93/kg vivo. Apesar disso, na sexta-feira foram registradas negociações abaixo do valor pretendido, em torno de R$ 6,66/kg vivo.
“O mercado aguentava muito mais do que o que subiu na semana passada, prova disso é que vendeu-se muito. Chama a atenção também o fato de que os preços do animal abatido estão sendo corrigidos com bastante ênfase”, disse.
Em Minas Gerais houve alta pela segunda semana consecutiva, saindo de R$ 6,00/kg vivo na semana passada para R$ 6,50/kg vivo nesta quarta-feira. O consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, explica que o acordo entre produtores e frigoríficos colaborando com a liquidez do mercado e o preço ainda na zona de prejuízo vão continuar impulsionando as vendas e a redução dos animais nas granjas.
Considerando a média semanal (entre os dias 27/05/2021 a 02/06/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 8,29%, fechando a semana em R$ 5,50.
“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 5,67”, informou o reporte do Lapesui.
Devido ao feriado de Corpus Christi, celebrado nesta quinta-feira (3), a bolsa de suínos de Santa Catarina foi transferida para sexta-feira (4), e registrou alta, passando de R$ 5,70/kg vivo para R$ 6,43/kg vivo.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que o reajuste é resultado, em parte, da organização dos suinocultores que ofertaram menos animais na semana anterior e da demanda mais aquecida no início do mês.
Nesta sexta-feira (4) também houve aumento no mercado gaúcho, saindo de R$ 6,32/kg vivo para R$ 6,53/kg vivo. O presidente da Sssociação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, aponta que o aumento no preço foi acima do esperado, e que a razão para o movimento é a virada do mês, com recebimento de salários e melhora da demanda na ponta consumidora.