Suinocultura independente tem preços mistos e impasse com frigoríficos

Suinocultura independente tem preços mistos e impasse com frigoríficos

Nesta quinta-feira (10), quando as principais bolsas de suínos do país negociam os animais no mercado independente, o resultado foi de quedas ou falta de acordo com os frigoríficos, ficando a cargo das associações responsáveis em sugerir um preço de comercialização. A exceção ficou por conta de Santa Catarina, que teve leve aumento no valor.

Em São Paulo, conforme informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), após o preço ter caído na última semana e chegado a R$ 7,73/kg vivo, nesta quinta-feira (10) não houve acordo com os frigoríficos para definição de valor. 

Caso semelhante ocorreu em Minas Gerais, também nesta quinta-feira. O preço na última semana havia sido negociado em R$ 6,70/kg vivo, mas conforme explica o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, não houve negociação nesta semana.

“Os frigoríficos reconheceram o aquecimento do mercado porém não vieram para negociar na Bolsa de hoje (10), queriam apenas a manutenção no valor da semana passada. Desse modo a reunião de negociação optou por sugerir o preço alvo da reunião em R$ 7,50”, informou.

Por outro lado, a negociação em Santa Catarina registrou leve aumento, saindo de R$ 7,85/kg para R$ 7,91/kg. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, aponta que houve uma maior procura por lotes de animais por parte dos frigoríficos devido a proximidade com as festas de final de ano. 

“Acreditamos que nos próximos dias o mercado deva ficar um pouco mais promissor, com a aproximação do Natal e do Ano Novo, além da parcela da população empregada já estar com parte do 13º salário em mãos”, disse Lorenzi. 

No Rio Grande do Sul, que negocia os suínos no mercado independente às sextas-feiras, mais uma queda foi registrada no último dia (4), com valor passando de R$ 7,99/kg para R$ 7,75/kg vivo.

“Realmente, o preço ajustou para baixo, não por excesso de oferta, mas por questão de mercado, porque o atacado e varejo dizem que não conseguem repassar preços. No começo da ponta produtora não tem animais pesados, nem gente vendendo às pressas”, disse Valdecir Folador, presidente Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).

Considerando a média semanal (entre os dias 03/12 a 09/12), o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 10,61%, passando de R$ 7,52/kg para R$ 6,72/kg vivo.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,25”, informou a instituição.

Fonte: Notícias Agrícolas

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