José Piva, disse, durante entrevista na PorkExpo LATAM 2023, que o ano de 2023 foi ingrato para a suinocultura dos Estados Unidos e do Brasil, que devem fechar o ano no negativo. Em 2024, pelo baixo crescimento na América do Norte e a necessidade de mais carne na Europa (pelos países que vão deixar de produzir), juntamente com o preço dos grãos (que devem manter um custo de produção mais baixo), os dois países sinalizam um cenário melhor em 2024.
Piva afirma que o mercado absorve, até um certo ponto o valor da carne, que, se muito alto, acaba afetando o consumo. Para 2024, se o Brasil tiver uma boa safra, como tem sido a norte-americana nesse ano, a tendência é de que o produtor venha a ter ganhos, diferente do que foi visto em 2023.
Piva avalia que nos Estados Unidos a exportação de carne suína vem crescendo ano a ano, com exceção dos mais recentes, assim como o Brasil. Os dois países com maior potencial para exportar e produzir são Brasil e Estados Unidos, englobando o Canadá, embora esse país esteja cada vez menos visível e com maior custo de produção.
Para os EUA, o fato da carne bovina estar 3,7 vezes mais caro que a do suíno, deve favorecer o consumo, ainda que o pessoal siga olhando os preços. Já o Brasil está crescendo muito na exportação, abrindo novos mercados, o que é uma grande virtude.
Piva disse que os dois países vão bem na exportação. Nos EUA um em cada quatro suínos não é consumido no país e, no Brasil, um em cada cinco animais acabem sendo exportados. “Diante disso, os dois países seguirão dominando o mercado de exportação”, finaliza.
Fonte: Safras & Mercados