Segundo IBGE, abate de suínos foi recorde no primeiro trimestre, mas prevê queda

Segundo IBGE, abate de suínos foi recorde no primeiro trimestre, mas prevê queda

Dados preliminares da Estatística da Produção Pecuária, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que os abates de suínos aumentaram no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019 e, inclusive, o volume acumulado nos três primeiros meses deste ano foram recordes. Entretanto, de acordo com o analista de mercado da Agrifatto, Yago Travagini, estes bons resultados não devem se repetir em 2020.

A pesquisa aponta que os abates de suínos subiram 5% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, mas quando comparado com o último trimestre de 2019, houve queda de 0,2%

Segundo o IBGE, o abate de suínos pode ter alcançado novos recordes para um primeiro trimestre, com 11,87 milhões de cabeças suínas abatidas. Travagini explica que, no primeiro trimestre, o coronavírus não preocupava o mundo totalmente, a China estava e ainda está aumentando fortemente o apetite por proteína animal e o mercado interno estava se recuperando, lentamente, mas estava.

A curva para a proteína suína era de crescimento para este ano como um todo, pois a expectativa para as demandas interna e externa eram boas. “Então, esses abates do primeiro trimestre estavam ocorrendo dentro do que havia sido planejado em 2019, pois a cadeia de suíno funciona com uma produção em linha com 180 dias”.

De acordo com o IBGE, o peso acumulado das carcaças atingiu 1,06 milhão toneladas, com alta de 7,5% frente ao primeiro trimestre do ano passado. O resultado também representa aumento de 0,6% na comparação com o quarto trimestre de 2019.

Conforme o analista explica, a situação era tão diferente da atual, que o preço da carcaça suína especial em São Paulo em janeiro de 2020 bateu recorde nominal, chegando a R$ 9,00/kg. Para Travagini, os números de abate para o segundo trimestre devem cair, motivado pelo fechamento de plantas processadoras de carne por contaminação de coronavírus entre funcionários, e também por que o preço despencou de R$ 9,00/kg para R$ 5,70/kg, ou seja, deve vir um ajuste produtivo.

O analista de mercado afirma que as exportações em bom ritmo podem dar sustentação, mas não garantem o mesmo nível de abate do primeiro trimestre. “Não à toa o preço do suíno despencou no atacado. Se o preço cai é por excesso de oferta ou falta de demanda, e o que está sendo feito agora é um reajuste na oferta, para se adequar ao atual nível de demanda interna que temos”.

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